Cerveja no copo e um colar de flores ornando o pescoço
Na casa quieta, Carmen Miranda é nostalgia
A noite tem promessas
Que a solidão não pode cumprir
Um samba acompanha os meus pensamentos
E uma esperança tímida tamborila em meu peito
R$52,00
_sobre este livro
Os poemas deste livro germinaram no mais mortífero período deste mal-começado século XXI. São textos sobre amores marginais que teimam em brotar, assim como brotam as flores drummondianas, as flores feias e as flores horizontais. Carregam inspirações vindas de Luz del Fuego, Madame Satã, Herbert Daniel, Al Parker, Pasolini e outras figuras que foram camufladas no anonimato e codinome beija-flor e, de forma enevoada, sopram variadas referências. Talvez, enquanto leia esses versos, você veja seu próprio rosto no rosto de um outro. Nesses poemas habitam signos de desejos e outras mil intensidades, que podem ser experimentados pelo corpo, que é tudo, inclusive alma. É um livro festivamente triste. Foi escrito com uma devoção religiosa, mas rigorosamente desamparado de transcendências. Foi feito para os que ladram para o nada e para o possível de tudo. Feito sobretudo para os que querem lutar contra preconceitos e provar o doce além do amargo. Poemas que são como chamas que traduzem criação e aniquilamento. Celebram a vida a despeito de suas tristezas e saboreiam essa fortuita chance com o compromisso de não se negar o direito do fracasso e o risco da dor. Estas páginas exalam o perfume de um materialismo erótico. É um livro sobre dizer adeus e estar só. Não é um livro fácil, porque deflora a beleza das coisas tristes e propõe à vida a vida.
Fernanda Mendes
_outras informações
isbn: 978-65-5900-784-4
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14x19,5cm
páginas: 236 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2024
edição: 1ª