Menores que o céu

Disponibilidade: Brasil

Apoiados por um texto carinhoso e inteligente, entramos na Casa de Gean e descobrimos um lugar sensível, onde as paredes estão pintadas de cores suaves, os móveis limpos e o tapete da sala esconde aquela tábua de madeira que estragou no dia em que a gente encontrou o martelo na área de serviço e resolveu bater no chão, só pra ver o que ia acontecer. É um lugar agradável e acolhedor, ao mesmo tempo em que é um lugar de dúvida: o que se faz quando ficamos desamparados no nosso próprio abrigo?

Davi Boaventura.

R$52,00

_sobre este livro

Há autores que sabem tratar de momentos específicos da vida com maestria, e os contos que estão neste volume é um desses casos. Gean Paulo Naue nos emociona com narrativas tenras que encantam em seus mínimos detalhes, falando de infância e de juventude. Dominando as técnicas da escrita do conto, flanando entre os narradores em primeira e terceira pessoa, Naue nos presenteia com um mundo real (cheio de cores, sons, sensações várias), flertando com o maravilhoso cotidiano (que é, também, parte do mesmo real). São histórias delicadas, bem-contadas, sussurradas aos nossos ouvidos para nos encantar.

Com personagens marcantes, que tentam escapar de doenças incuráveis através de mordidas misteriosas, comer pastel sossegados no clube de campo, relembrar um irmão morto, Gean apresenta histórias que nós, leitores — essa espécie emotiva —, lembraremos de momentos pessoais, da universalidade da infância e da época escolar, das brigas com os irmãos. Tudo isso sem perder aquilo que realmente importa em um conto: uma narrativa bem-construída; e não só, pois são cheias do ingrediente fundamental da boa literatura: a humanidade dessas personagens. Assim, veremos que “pássaros são crianças desde o nascimento até a morte” nas reflexões de Liana, ou que os pinheirinhos sempre são montados na véspera de Natal e desmontados no Dia de Reis, nem um dia a mais, nem um a menos… ou, ainda, a força dos trovões e o medo do escuro durante as tragédias que, vez ou outra, nos acometem na construção de nossas vivências.

Para mim, no entanto, o que mais tocou foi que os relatos de Naue são, em verdade, minha história pessoal. Se o retrato de Itabira na parede dói a Drummond, os contos de Menores que o céu me doem na memória de um tempo que vivi. Impossível para um leitor — esses emotivos, eu já lhes comentei? — não deixar, aqui e ali, um suspiro tomar o nosso redor.

Vida longa aos contos deste Menores que o céu! Força criativa a Gean Paulo Naue para que não deixe de nos presentear e emocionar com sua literatura!

Rafael Bassi

 

_outras informações

isbn: 978-65-5900-477-5
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 13x19 cm
páginas: 124 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2023
edição: 1ª

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