se subtraía como num jogo de
sete erros
se saía
sem se deixar perceber
não sabia
mas permaneceria
na espessura das coisas.
R$48,00
_sobre este livro
Ainda me lembro de uma frase que vi pichada há muitos anos numa placa em Paris: l’amour est mort. Só hoje, com orgulho, revido: pas ici. Ao longo destas páginas que virão, em estado e não de morto corpo cabrito, Carolina nos guia por entre uma dança amorosa com as palavras. Uma leitura que nos convida a bailar no passo do si, no adeus ao outro, nas memórias, nos escaves, no impreciso que não se dá. Quanto do que não finda em nós só o é para permanecer poema?
Corpo cabrito morto é a inauguração de Carolina na poesia — embora há muito já a faça pelas vias de seus outros talentos. Sua narrativa sutil é percorrida por um entrecortar de tudo o que nasce ou rasga os mínimos acontecimentos — são as frestas dos dias, a matéria de Carolina. Assistir, ao longo desta reunião de poemas, ao seu despir-se/vestir-se pelas entrelinhas acabou por me despertar também o desejo bonito de conhecer a espessura das coisas (a espessura das coisas: quanto para se demorar, aqui).
Por entre notações e revelações, respiros, pausa e pesar, Carolina tece retratos de sombra e luz com a sua escrita. Tudo leve, breve, nosso — tudo tanto. Um livro que coreografa delicadeza e afeto, e que nos pinça do canto do olhar um sorriso.
_outras informações
isbn: 978-65-5900-595-6
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 13x16,5 cm
páginas: 64 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2023
edição: 1ª