Branco

Disponibilidade: Brasil/Europa

[tradução de Patricia Peterle]

 

clareia,
toma uma luz
própria que vem de dentro,
filtrada, assim


você toca o clarão
vermelho sob a pele
clara das mãos, branca das mãos,
transparente

Pré-venda do livro até 17/02/2025
Os exemplares serão encaminhados após essa data. 

R$55,00

_sobre este livro

Roland Barthes, ao falar uma vez sobre o artista que mais amava, Cy Twombly, utilizou a categoria de rarus, em latim “o que tem intervalos ou interstícios”: “raro, poroso, espalhado é o espaço de Twombly”. Do poeta que foi seu mestre, Mallarmé, o grande pintor Cy Twombly, que chega na Itália saindo do outro lado do oceano, pegou a preferência pela cor mais rara, tão rara a ponto de se ter dificuldades para pensar nela como uma cor: branco. Branco é a cor da poesia, também porque suas palavras boiam raras, em geral, no espaço angustiado da palavra vazia. Uma coisa é certa, desde sempre: é a cor de Laura Pugno, cuja poesia tem como base — diz bem Patricia Peterle — o princípio da rarefação. O manto de neve deste livro extremo intitulado ao branco, ao modo oriental desde sempre próximo a esta escritora, é sinal de um luto impronunciável. E então me lembro de um poeta que, em sua obscuridade, parece o oposto de sua ofuscante limpidez; e que, ao contrário, se parece com Pugno, aqui, numa medida perturbadora: Paul Celan. Os rastros que adivinhamos na neve são como os de Robert Walser, fotografados no último passeio nas fronteiras do nada. Por sorte, no final, aflora o lampejo de algum calor. “A mente”, dizia Sirene [Sereias] — o livro que fez de Laura Pugno o que é —, “é vapor que se levanta de uma cumbuca de arroz”.


Andrea Cortellessa 

_outras informações

isbn: 978-65-5900-860-
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 13x16,5 cm
páginas: 168 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2024
edição: 1ª

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