Parto

Disponibilidade: Brasil

da difculdade de estar
todas as bocas que minha mãe tem me batem e beijam
de toda a beleza que minha mãe tem, eu nasci com metade
triste, quando uma música toca sem ninguém ouvir
mas onde está todo mundo nos dias em que o mundo acaba?
nas chuvas que saem nos jornais
e nas que não saem
nas chuvas de que ninguém nem soube.
é cruel a beleza de sentir dor.

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_sobre este livro

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…é como se eu ficasse de quatro, engatinhasse, estivesse de fraldas e colasse o cordão ao meu umbigo, pedindo para voltar. Todos os dias, os olhos abrem como pernas prestes a parir, procurando pais e mães adormecidos aqui dentro. E os pés calçam sapatos mais altos para sermos mais jovens que ontem. Partimos em busca de não sei o quê. Isso é pessoal (e o que não é?). Não sei o que acontece, mas até nos dias de alegria, que parece pura porque brilha (existem os dias que brilham), é como se eu ficasse de quatro, engatinhasse, estivesse de fraldas e colasse o cordão ao meu umbigo, pedindo para voltar. Todos os dias, os olhos abrem como pernas prestes a parir, procurando pais e mães adormecidos aqui dentro. E os pés calçam sapatos mais altos para sermos mais jovens que ontem. Partimos em busca de não sei o quê. Isso é pessoal (e o que não é?). Não sei o que acontece, mas até nos dias de alegria, que parece pura porque brilha (existem os dias que brilham), é como se eu ficasse de quatro, engatinhasse, estivesse de fraldas e colasse o cordão ao meu umbigo, pedindo para voltar. Todos os dias, os olhos abrem como pernas prestes a parir, procurando pais e mães adormecidos aqui dentro. E os pés calçam sapatos mais altos para sermos mais jovens que ontem. Partimos em busca de não sei o quê. Isso é pessoal (e o que não é?). Não sei o que acontece.

Isis Pessino

 

 

_outras informações

isbn: 978-85-7105-106-5
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14 x 19,5
páginas: 68
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2019
edição: 1ª

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