Talvez o tempo tivesse parado, ou o corpo e a memória estivessem soluçando em busca de um espaço onde o equilíbrio físico pudesse finalmente se estabelecer. O olhar tremia, a luz cegava, e a cabeça, vazia, buscava, como o pulmão afogado, um sopro de vida. Não era tão real assim quando uma mão atravessou o seu campo visual, irreconhecível! Os anéis espremidos lado a lado não só tiravam o movimento dos dedos, mas, ao olhar, causavam um sufocamento que rebatia em algum lugar ainda incompreensível. Retirou com uma pressa um tanto nervosa quilates de desespero e jogou como pôde dentro da bolsa dourada. Jamais usaria tanto brilho assim junto! O que estava acontecendo?