Convivência: um estudo de Freud e Bauman

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Partindo do conceito freudiano do mal-estar, este estudo visa a comparar o pensamento social de Sigmund Freud e Zygmunt Bauman, analisando as transformações desde a modernidade até a modernidade líquida e seus impactos na convivência social e no indivíduo. Considerando a influência cultural na formação do eu, examinaremos como a ordem social afeta os indivíduos e suas relações. Investigaremos como os ideais da modernidade se manifestam na pós-modernidade, contribuindo para o mal-estar e insegurança nas relações pessoais e profissionais.

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_sobre este livro

Tendo como ponto de partida o conceito freudiano de mal-estar e o pressuposto de que ele é uma condição permanente da civilização, o objetivo deste estudo é estabelecer uma análise comparativa entre o pensamento social de Sigmund Freud e o de Zygmunt Bauman, a partir das transformações históricas e sociais, desde a modernidade vivenciada por Freud até a modernidade líquida de Bauman, e os desafios que essas transformações produziram no que tange à convivência social e às implicações da vida civilizada sobre o indivíduo. Visto que o ideal do eu, para Freud, é moldado por elementos culturais, o que implica na interdependência entre a psicologia individual e a psicologia de grupo, este estudo visa a examinar como a configuração da ordem social afeta os indivíduos, modernos e pós-modernos, e as relações que eles estabelecem com os outros ao seu redor.

Por meio do diálogo entre os dois autores e da própria interpretação de Bauman, será investigado como os ideais sonhados pela modernidade, de uma sociedade que proporcionasse mais liberdade e aceitação a seus membros, são, de certa forma, concretizados na pós-modernidade e se tornam as principais causas do mal-estar e da insegurança a que os indivíduos pós-modernos estão sujeitos em suas relações familiares, amorosas e profissionais. No decorrer da leitura, o leitor encontrará não apenas análises sobre as obras mais pertinentes à investigação, no caso, O mal-estar na civilização (1930), de Freud, e a releitura feita por Bauman quase sete décadas mais tarde, em O mal-estar da pós-modernidade (1997), mas também a explanação e a análise de conceitos freudianos formulados previamente à chamada teoria social de Freud, como o funcionamento do aparato psíquico e o Complexo de Édipo.

Zygmunt Bauman observa que se o mal-estar moderno derivava de um excesso de ordem e da subsequente opressão social, proporcionando segurança aos indivíduos em troca de parte de sua liberdade, o mal-estar pós-moderno emerge precisamente do movimento oposto: os indivíduos pós-modernos desfrutam de mais liberdade para tomar decisões individuais, sem a pressão ou o julgamento social ou familiar como antes; entretanto, os riscos e resultados de suas ações devem ser enfrentados de forma solitária. O aumento da liberdade de escolha demanda lidar com tais consequências sem atribuir culpa a qualquer outra pessoa ou instituição e também torna líquido o comprometimento presente nas relações humanas.

_outras informações

isbn: 978-65-87814-32-2
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 15,5x21cm
páginas: 156 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2024
edição: 1ª

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