Ca(sa) Co(rpo)

Disponibilidade: Brasil

enquanto respirar é pra todos
estar vivo é só pros tranquilos.
enquanto a vida me foge sísmica
trago essa fome e ela me traga.

 

R$35,00

_sobre este livro

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A casa como corpo em correspondência. Dissolvendo os cristais na semeadura do amanhã. Como quem possa dizer do “abandono imenso / sobre o sorriso de um país que é só”, que “profundo é dentro / não pode ser raso”. Caco (Casa Corpo) é um mar de colapsos e amplitudes, um interior que é também exterior: “O corpo é. Copo. Que quebra. Quebrar-se é um desejo do corpo”. Luando faz do seu livro um diário de aporte lúrido e urbano para “habitar o mundo / respirar fundo / como se navega”. Entre noções pessoais e coletivas, apresenta Carta aos Navegantes e Carta aos Pais, tecendo sempre em tom confessional sua práxis nas artes: “há uma explosão dormindo” já que existimos e se “re-existo então (re-existe-se)”. Rememorando a verve de nomes como Alejandra Pizarnik e Ana Cristina César, Luando apresenta o contemporâneo em fissuras estruturais: “a cidade come, a cidade despe, a cidade bebe, mas não engole, ela cospe. e se goza com isso”, mesmo quando o amor se torna razão e solução: “trarei amorosa em meu peito, muito acesa a lua mais velha de todas Pethara”, pois “o meu amor é uma quebra-de-corpo”. A natureza ascende ao ser, que ultrapassa o ter, na geografia do íntimo: “fazer de mim um país sozinho / não altera nenhum mapa humano”. Há um labirinto de expressões: “toccare porus é bem mais do que cabe em pele”. Pois a casa é o corpo que também resulta indelével: “O corpo pode ser lavado. O corpo faz espuma. Alva. Limpa. O corpo seca. O corpo tem movimentos líquidos, é capaz de amar a água e submergir”.

Mariana Basílio

_outras informações

isbn:  978-85-7105-024-2
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14 x 19,5 cm
páginas: 60
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2018
ano copyright: 2018
edição: 1

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