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R$45,00
_sobre este livro
A tragédia de Antígona começa com um decreto de Creonte que proíbe o enterro de Polinices, seu irmão. Antígona quer obedecer a outra lei, mais antiga: a lei dos deuses mais antigos, honrar o irmão morto e enterrá-lo. A tragédia começa com Antígona contando seu plano a Ismênia, fora do palácio. Ismênia teme o destino da irmã, mas não participa da ação. Antígona vai sozinha.
Final de abril, início de maio, 2020. Estávamos lendo Antigonick de Anne Carson — a sua tradução para a Antígona de Sófocles — enquanto o Brasil vivia o início da sua experiência catastrófica com a pandemia do coronavírus.
Os curtos-circuitos que Anne Carson promove na história da recepção de Antígona e sua tentativa de correspondência entre o real e o ficcional (Carson faz uma carta endereçada à personagem; o grito de Antígona chega aos nossos ouvidos) fabricaram a energia que desembocou no desdobramento de nossa leitura em uma série de cartas: para Antígona, para a sua irmã, Ismênia, para Hêmon, mas também para amigos e familiares, contando da tragédia, tentando conversar sobre a necessidade de se enterrar os mortos.
O que estamos fazendo aqui? Alguma coisa híbrida, mas não sabemos bem o que é.
Antígona (agora nós também estamos falando com você), você foi enterrada viva enquanto ainda estava gritando, e nós estamos encostando os ouvidos no chão.
_outras informações
isbn: 978-65-87938-47-9
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 11x18,5cm
páginas: 92 páginas
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2021
edição: 1ª