Amarração de amor: pagamentos após resultados

Disponibilidade: Brasil

Eu aceito o sofrimento
das minhas outras vidas

meu remendo, minha emenda.
Meu retalho transgeracional

me faz rezar para as quatro
almas de Fernando Pessoa

(envolta da minha árvore)
retomar nossos rituais da lua,

aprendo a completar em pajubá
um resgate por anamnese

R$45,00

_sobre este livro

Bruno Couto disse, na apresentação de seu primeiro conto publicado em coletânea, em 2012 (Tragédia nossa de cada dia, Ed. Faces), que “escreve para ser entendido, para me entender, para me pôr em observação”. E é com essa escrita fácil e direta que o autor nos apresenta Amarração de amor. Um livro sobre amor, sobre o que significa amar, sobre o que é ser amado quem sabe, ou principalmente sobre o que significa ser rejeitado – pelo que se é, pelo outro. Ser posto de lado por ser gay e/ou pelo ente que depositamos nosso desejo amoroso. Poemas sobre o amor, mas também sobre o que é ser bicha hoje, sobre o que é ser bicha agora. Nós, as bichas. Sim, bichas. Bichas que ouvem Lady Gaga, Amy Winehouse. Que seguem David Brazil no Instagram. Sim, poemas que falam de redes sociais, apresentadores de TV, religiões… HIV. Tudo que há de mais comum e banal, mas que nos permeia e nos perpassa, nos atinge, nos mata, nos ressuscita. Temas que por meio de seus poemas altamente sagazes nos conectam em nosso dia a dia e que não desejam falsear erudição. Você vai lendo os poemas de Bruno Couto como se ouvisse ao lado “Eu não sou cachorro não”. E é tudo tão bonito. O livro nos convida a mergulhar na cultura pop interconectada que nós queers, seja você pão-com-ovo ou não, conhece tão bem, ao mesmo tempo que apresenta densidade pura, nos apresentando a discussão do tema amor a partir de uma ironia autodepreciativa tocante que apenas o ser rejeitado, aquele que dá aquilo que não se tem a quem não o quer, como diria Lacan, poderia nos trazer. Os poemas deste livro, que poderiam ser conversas de todos nós com amigos, são escritos por aquele que ama, que ama sozinho, aquele que é, portanto, o instável, o que não é ouvido. Poemas endereçados àquele merda que nos deixou, aos que nos cuspiram por sermos o que somos. Mas como já disse Frank O’Hara, e como parece nos dizer Bruno Couto apesar de tudo: “E aqui estou, o centro de toda beleza! escrevendo estes poemas! Imagine!”

_outras informações

isbn: 978-65-5900-290-0
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14x19,5cm
páginas: 92 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2022
edição: 1ª

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