Olá!
Você tem agora em mãos Cartões de crédito para gastar no inferno — textos em ondas curtas.
Para utilizá-lo, você precisa desbloqueá-lo. Para tanto, vá passando e lendo as tantas páginas deste novo-velho livro, de novos e renovados temas, de Caio Junqueira Maciel, conhecido sonetista, ensaísta, trocadilhista, romancista, vasquista, contista, cronista, cruzili(ani)sta, artista: grande fazedor de artes em verso e prosa.
Cartões de crédito para gastar no inferno oferece verdadeira pletora de referências (notadamente bíblicas), não tributadas em 30 dinheiros, mas creditadas nos 30 textos que compõem este volume, que, aliás, quase de cara, logo após o “prefácio”, já se inicia com o título “Proibida a entrada nas entranhas do Paraíso”, e termina com “O desmonte do Presépio”.
Nesses Cartões de crédito para gastar no inferno, vicejam a irreverência, o chiste, o lúdico, a anedota, mas, em meio — ou 2/3 — a isso, nesse tempo que se encontra partido, repartido, polarizado, em que símbolos obscuros voltam a se multiplicar, como já nos alertou Drummond, há a crítica incisiva, por vezes sisuda, contumaz e não raro mordaz. Como escreve um tal Bonifácio Acácio, no prefácio, o livro apresenta temática recorrente: “incomodar, assustar e até agredir a [incômoda] comodidade burguesa”.
Mas chega de cera nesta orelha! Como também escreveu Drummond, ela pouco (ou nada) explica. Melhor mesmo é ler esse autor — “espalhador de palavras”.
Bem-aventurados os que agora açambarcam esses Cartões, pois neles serão bem embarcados e abarcados de sempre boa e prazerosa viagem pela literatura, organizada e praticada por Caio Junqueira Maciel.
Gilberto Xavier