O teor crítico e o desassossego em relação ao futuro das sociedades são partes constituintes da poesia de Marcos Honorio. As imagens poéticas aludidas pelo autor estreante em À água e ao sal foram plasmadas em sua militância política e na identificação de que o mundo se aproxima de um quadrante histórico decisivo para a humanidade. Ao invés de ficar absorto pelo arbítrio de irreversibilidade de um futuro que se posta implacável, Marcos retira desse painel inspiração para a sua poesia, que conta com ressonâncias de perspectivas de transformações e melhoramentos para as décadas que virão. Além da poesia política, o autor também tematiza o jazz e alguns outros afetos.