O céu de tempestade

Disponibilidade: Brasil

O erro da palavra
que mistura o jovem e o antigo
faz o neologismo enjuvenescer
e ser o mote semântico do novo
Abertura poética pra quem quer evoluir
destruir concretos imóveis
e soterrar a arqueologia da linguagem
Não existe mais o sarcófago de dizeres
disfarçado de vislumbre
e nem a múmia empoeirada
caricaturada na parede de pedra
da pirâmide faraônica

R$50,00

_sobre este livro

Olhar o céu e ver o infinito misterioso sempre foi um deslumbre ao ser humano. Janela aberta para a imensidão da dúvida. De todas as coisas que no céu existem, as nuvens alimentam nosso sonho de querer voar. O Sol afasta a chuva e ilumina, com a luz dos seus raios, a noite veloz que finda com o adormecer da Lua. É dessa viagem metafísica pelos astros celestes que resultam os versos deste livro.

Os poemas de O céu de tempestade carregam em si o questionamento inolvidável do nosso existir. Sem qualquer pretensão de cultivar crise existencial, traduz em versos os devaneios do sentir artístico e regozija a esquizofrenia das palavras, destacando a liberdade da arte como nos versos “As coisas são feitas sem nome/vem o verbo e empobrece a imagem/O Sol ainda não batizado/insiste em iluminar o dia/e ao transformar-se em Lua/desnuda a noite para os românticos”.

A intenção em cada poema é chacoalhar a realidade. Não para dizer ou desdizer a verdade, mas para referendar o que já dizia Ferreira Gullar: “a arte existe porque a vida não basta”. A metáfora do céu como algo misterioso e divino em contradição à tempestade do cotidiano mostra que a vida precisa de equilíbrio. Segue o conselho: “cuidado com o relâmpago do instante/somos temporais”. Esse é o mote principal do livro.

No poema que dá título à obra, o autor personifica o mistério nos seguintes versos: “Perambulando livre/o vento respira o caminho/e pinta o céu de brilho acobreado”. Já a constatação do cotidiano encontra eco no arremate do mesmo poema: “Desatando suas amarras/iça as velas/deixando que o vento assopre o seu andar/É velejando no incerto que o náufrago volta ao lar”.

É isso que este livro nos mostra, a visão curiosa do céu e a vivência cotidiana na tempestade que nos faz humanos, demasiado humano

 

_outras informações

isbn: 978-65-5900-834-6
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 13x16,5 cm
páginas: 64 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2024
edição: 1ª

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