O breviário de um índio

Disponibilidade: Brasil

— Oi, tudo bem? Como é seu nome? — falei.

— Tudo bem, meu nome é Cláudia, você é o índio que vai entrar no seminário?

— Isso, sou eu mesmo.

A Cláudia era muito bonita, e dava gosto ficar olhando. Se eu fosse um poeta naquele momento, ia declamar uma poesia para ela. Um jeito de simplicidade, um sorriso que embeleza qualquer ambiente, e a presença dela fazia aquele lugar mais lindo. Por isso é que os poetas são felizes, porque sempre têm uma mulher linda para inspirá-los. Já pensou se não existissem pessoas assim? Talvez não teríamos poetas para declamar.

— Nossa, já são mais de 22h00, já tinha que ter ido embora! Tchau, índio — disse ela com aquele sorriso lindo. Pena que quando estamos bem acompanhados as horas passam mais rápido, e a gente nem percebe. Mas valeu a pena conhecê-la, sabia que outro dia teria oportunidade de falar outra vez com a Cláudia.

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_sobre este livro

(…) Saí de lá correndo e fui contar para meu avô que ia viajar com o cacique.

De manhã meu avô me chamou para fazer artesanato, fizemos muitos arcos e chocalhos, porque é mais fácil para vender, parece que é o que os jurua kuery (não índios) mais gostam. Quando vamos para a cidade em Guarulhos, voltamos sem nada, porque vendemos tudo. olivio jekupe

_outras informações

isbn: 978-65-5900-625-0
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 13x19 cm
páginas: 184 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2024
edição: 1ª

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