A formação e a crítica de arte do drama barroco alemão

Disponibilidade: Brasil

Nas singularidades das muitas peças que se encaixam em uma rítmica fragmentada, A formação e a crítica de arte do drama barroco alemão, constrói um mosaico teórico que contempla os fundamentos filosóficos e os conceitos basilares na constituição da leitura de Walter Benjamin sobre a dramaturgia seiscentista alemã. Em um itinerário dialético, o livro perpassa as fontes que inscreveram o barroco alemão à sombra das tragédias gregas expondo as rupturas e as proximidades de Benjamin com tais interpretações na formulação de uma crítica própria e original que se apresentou como salvação deste gênero.

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_sobre este livro

A formação e a crítica de arte do drama barroco alemão é uma porta de entrada para esse modo privilegiado do discurso e do pensar que é a filosofia. Na companhia de Walter Benjamin, o protagonista deste trabalho, somos convidados à circular pela história da filosofia alemã e despertados para a filosofia em geral e sua valorosa contribuição de pensamentos.
Da perspectiva filosófica o livro procura entender o método crítico aplicado à arte que Benjamin desenvolveu em sua tese sobre o drama barroco alemão. Um método que não foi intuitivo e é pouco convencional para uma historiografia da arte puramente formalista que acreditava representar em dados factuais a essência dos objetos artísticos em sua história cultural. Ao percorrer as diversas camadas da obra de arte, o método benjaminiano, baseado em um movimento de ruptura das aparências sobre determinado objeto e outro de salvação dos fenômenos a partir da montagem de fragmentos desconexos, pode ser considerado mais subjetivista porque, considerando a impossibilidade de experimentar o tempo histórico e as condições em que tais fenômenos formam produzidos, o que lhe interessava era entender como essas expressões sobrevivem à atualidade adquirindo novas significações históricas.
Nesse sentido o comentário de Benjamin à um objeto tão distante de seu tempo e de nossa realidade como o barroco alemão está longe de ser desinteressado. Nosso crítico, mais que um comentador, é um alegorista que não se furta da disputa simbólica com seus pares ao dar origem a este gênero esquecido e pouco falado. O barroco alemão é retomado a partir da crítica à historiografia positiva que predominava na Alemanha no início do século XX, aparecendo, ora como expressão da desolação e sofrimento da Primeira Guerra Mundial, ora pela instrumentalização ideológica na formação de um orgulho nacional alemão ferido. Assim, o debate que Benjamin propõe não passa apenas pela justiça à biografia dos dramaturgos do barroco, mas sobretudo, pela compreensão de um tempo, marcado pela conturbação política do período weimariano e a ascensão do totalitária e do fascismo.
Por isso é que uma das partes centrais de seu estudo é a polêmica que abre em relação a teoria da soberania e do estado de exceção, um debate que não parece ter envelhecido ao longo do século, pelo contrário, ganha sobrevida em outras filosofias, toma folego na emergência do tempo em que vivemos e, na imanência de uma história que se faz natureza, ainda ecoa enquanto tradição dos oprimidos.

_outras informações

isbn: 978-65-87814-15-5
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 15,5x21cm
páginas: 380 páginas
papel polén gold 90g
ano de edição: 2022
edição: 1ª

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