Identidades em fuga: personagens-escritoras no romance brasileiro do século XXI

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Esta tese parte da análise de sete romances da Literatura Brasileira Contemporânea, publicados entre os anos de 2007 e 2018, todos de autoria feminina.

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É sabido que o ambiente para a literatura de autoria feminina sempre foi historicamente hostil. Para as mulheres, publicar nunca foi algo simples, ou sequer bem-vindo. Refletir sobre isso implica necessariamente pensar sobre o cânone, sobre quais narrativas serão consagradas e farão parte de um repertório a ser visitado, lido, ensinado. Helena Arruda, em sua trajetória de pesquisadora, vem há algum tempo se dedicando a questões como essas. O desejo de avançar em tais discussões é percebido ao longo de sua pesquisa de doutorado, que por sua vez prolonga inquietações já manifestas na dissertação de mestrado. De modo paralelo, são temas que Helena igualmente visita em sua produção poética. A poeta e a pesquisadora são inseparáveis, camadas que se superpõem e retroalimentam. Neste belo e arguto ensaio, não poderia ser diferente.

Ao empreender a leitura crítica do corpus escolhido — sete romances publicados nos anos 2000, de Tatiana Salem Levy, Paloma Vidal, Susana Fuentes, Maria Valéria Resende, Luciana Hidalgo, Elvira Vigna e Carola Saavedra —, Helena sonda a figura de personagens femininas que escrevem e de mulheres que se deslocam no texto e no espaço. Vale notar que o trabalho se inicia evocando a solidariedade, uma postura indissociável da leitura ética, política e estética desses textos.

Vivemos um momento de expansão da literatura de autoria feminina neste já tão conturbado século XXI. Elas escrevem, elas publicam, elas editam. Reivindicam o direito à palavra. Portanto, mais do que nunca, é relevante indagar sobre o ofício e o reconhecimento intelectual da mulher, dessas mãos femininas que lutam pela inserção e permanência em um espaço conquistado a duras penas.

No período da pandemia do coronavírus, em que grande parte da população passou confinada em espaços pouco seguros e acolhedores, pode-se afirmar que a leitura (para quem pôde) foi uma atividade de salvação. Nesse contexto, ler obras assinadas por mulheres se revelou também um gesto solidário, diante do significativo aumento dos casos de violência e feminicídio. Daí a atualidade e a relevância deste ensaio. Nele, Helena promove uma ciranda de mãos dadas com Carola, Luciana, Tatiana, Paloma, Elvira, Maria Valéria, Susana e tantas outras, e outros. Nesse círculo sem centro, movimentam-se em harmonia algumas das vozes que constituem a cada vez mais plural literatura brasileira. Fica o convite para entrar nessa roda. Vamos cirandar?

Stefania Chiarelli

_outras informações

isbn: 978-65-87814-06-3
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 15,5x21cm
páginas: 276 páginas
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2021
edição: 1ª

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