Há uma luz nova
que se abre ao encontro
dos bons pastos. Onde
o capim se renova ao lume do sol
de todo dia.
A chuva também é bem-vinda,
desde que seja a saudosa como
o apelo da vaca separada da cria
que até hoje se ouve. Havia
o Boitempo
em minha descoberta poesia.
R$49,90
_sobre este livro
Neste seu segundo trabalho poético, Varanda de insônia, Daniel Veras Pinheiro, através de uma dicção peculiar, nos apresenta a poesia como fruto de lampejos e surtos brotados de insônias e reflexões, onde o universo introspectivo do eu lírico é revelado como num avarandado, lugar em que “o tempo do poeta não cabe na esfera terrestre”, mas que “O poeta é como qualquer um — o outro”.
Essencialmente catártico, Varanda de insônia é um livro visceral, de um lirismo insubmisso, que, também, por meio de temas metalinguísticos e metafísicos, desnuda sem pudor o eu lírico, expondo suas vulnerabilidades, vontades e — por que não? — frustrações; uma obra meditativa, inquietante e redentora: “De repente a noite virou dia/eu e minha poesia/passamos a noite em claro/eu e meu dicionário/cúmplices do silêncio não raro/naquela noite/em que eu não dormira”.
Com imagens fortes, eis um livro de buscas, autoconhecimento e silêncios. A poética que habita Varanda de insônia é potencializada pelo tom prosaico da linguagem expressiva, revelando uma poesia intensa e emocional, que fará o leitor imergir em si mesmo.
Mergulhar nestes poemas, dissecando palavra por palavra, verso por verso, estrofe por estrofe, me fez perceber que “Neste instante/comovo-me com exatidão/quase que como um devoto/da poesia/que me aposso//Pouco a pouco/sou outro”.
Francisco Gomes
_outras informações
isbn: 978-65-5900-890-2
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 13x16,5 cm
páginas: 64 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2025
edição: 1ª