quando nasci, um anjo
neoliberal
desses que, nas sombras, agradam as grandes corporações
disse: bruno, você está fadado a ser fodido
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_sobre este livro
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Os poemas de #semfiltro, de Bruno Oliveira Fernandes, remetem, paradoxalmente, a uma dupla filtragem de matrizes em princípio antagônicas: o formalismo das experiências dos anos 60 — concretismo, poema-processo — e a distensão da poesia marginal da década de 1970. Entre uma e outra, Bruno opta por ambas. A primeira parte, dos poemas visuais — a “ foto” — e a segunda, dos poemas verbais — a “grafia” — unem-se pelo viés ao mesmo tempo crítico e lírico impressos em seus textos, numa atitude saudavelmente avessa à busca de “verdades”, que só existem em seitas fundamentalistas, poéticas ou de qualquer outra espécie. Com leveza e humor, descumprindo os mandamentos tanto da vanguarda quanto da poesia marginal (afinal, mandamentos só existem para serem desmandados), Bruno brinda o leitor e os leva, com versos, na conversa de que mesmo a serpente, pelo poder do poeta, se transforma em serpentina, antídoto contra o baixo astral destes tempos tão sombrios.
Antonio Carlos Secchin
_outras informações
isbn: 978-65-87076-65-2Os
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14 x 19,5
páginas: 102 páginas
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2020
edição: 1ª