Sangue no Olho D’agua segue os designíos da terra, das águas, dos duelos, das secas e o arrebatamento das precipitações. É cidade e sertão. Tudo é pretexto para falar da vida, do medo e das descobertas. “Maria se perde que é para a gente ver, que é para a gente enxergar onde ela está”, diz a mãe, alter ego da autora. Pudera, são muitas. A do Rio, a de Russas, de Fortaleza, todas a cumprir a mesma sina: viver para contar.
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_sobre este livro
Onde aflora no corpo o desejo de uma escrita? A menina Maria cedo conhece os mistérios das águas e das palavras: nascida de uma promessa a Iemanjá, tem os olhos recém-chegados ao mundo permeados pelo farto azul do mar de Copacabana. Mas cedo também é arrastada desse mesmo mar para ter diante dos olhos as enigmáticas matas do sertão cearense. Esse sertão, no entanto, nunca lhe foi secura: chuvas de narrativas, rios de tantas gentes, respingos de casos e causos, foram deixando na atenta menina águas subterrâneas, aparentemente veladas. O que fazer, Maria, para deixar nascer de si um olho d’água?
A autora Glória Diógenes consubstancia gêneros em torno dos rastros da memória – bebe da crônica, do conto, do romance – para nos conduzir à fluidez rítmica das narrativas que relatam e reinventam histórias da criança que foi, histórias das famílias Diógenes e Dos Santos, do mar e do sertão. Certamente, olhar o relógio herdado do bisavô (ou mesmo da vida) por incontáveis horas foi tarefa primorosa de Glória, que ora adiantou, ora fez tornar os ponteiros, conseguindo, assim, revolver o tempo, remontá-lo na palavra. A escrita de Glória sabe de Pound a lição: “só a emoção perdura”.
No mais: “Coragem é escavação”, artesiana Maria.
E escrever, escavar: sangue no olho d’água.
Sara Síntique
_outras informações
isbn: 978-65-5900-790-5
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 13x19 cm
páginas: 136 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2024
edição: 1ª