Proibido sentir: Escritos desde a máquina-prisom

Disponibilidade: Brasil/Europa

quem som eu
para nada disso
só sinto nojo

e já quase
se me esquecem
as metáforas

Junho de 2019,
Centro Penitenciario A Lama
(Pontevedra)

 

R$130,00

_sobre este livro

nom hai interferências na mensagem, nídia e singela, sem matiz. estarmos fóra e estarem dentro supom um abismo amplo ao que nos custa achegarnos, ainda afeitos aos penedos afiados que conforman a capa visíbel desta fim do mundo. apelando ao leitor, em cada pregunta nace um sentimento profundo, picadas no fundo da carne que resoam no interior, sabedoras da ignorância, acaso voluntaria, que possuímos do íntimo dos internos, da poesía artelhada na soidade forçada das celas, coas tosses e as pisadas como ruído de fondo. mesmo vivimos e sofremos amargamente essa cela em movemento, como umha agéncia pública de torturas uniforme, vingadora e infinita. umha fenda gris que une puntos geográficos, de miseria em miseria, vertedoiro a vertedoiro, lixo apartado. a metáfora vólvese fúria cando falamos da máquina, a devoradora, a esmagadora, quebra-espíritos e depuradora de mentes: “las dejamos impolutas”. senlheiro traça o jogo dual, retranca e carragem, humor e melancolía, nobreza e vileza, saudade e nojo. desde aí, no burato do coraçom, medra a resistência e a luita para nom caer na loucura. tambén medra a esperança, essa voz que resoa e vibra dicindo vive; e o eco silandeiro da chegada do día, aquel no que cargar coa pessoa que ja nom está, que escapou pola fiestra hai anos, dobregada e minada sem fin, pero incólume, imorrente no cerne primario. cargar tamén co resto da pessoa que medrou entre as paredes, essas lixadas, mordidas, nas que passeian os ratos, e as formigas, nas que vemos o reflexo do que xa nom é, somos. a codia, de formigón, os límites, arámios dos que poden pendurar as almas ou os passaros, o anaco de ceo e nuvens reflectido nas poças, e as sombras, gardiás axexantes, assasinas da intimidade. preside a lúa pendurada de toda a arela pola liberdade, e presencia da mesma, así como ese fluir de auga limpa que é o amor, figura que percorre o livro deijando que fique claro que é o que move o mundo, que terma das almas, que enche os coraçoms, aínda fendidos e sangrantes, seguem latejando mercê sua. nom nos rendemos, em sete, doze ou vintedous anos, aqui seguimos caminhando, juntos, ja pandora fica moi atrás, diante nossa o porvir segue por escrever.

o subtexto fica claro: abaixo os muros das prisoms!

yolanda gil villaverde

_outras informações

idioma: galego
formato: 12x16,5 cm
páginas: 442 páginas
ano de edição: 2022
edição: 1

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