“Pode a mulher escolher?”

Disponibilidade: Brasil

Até que ponto as mulheres realmente desfrutam de liberdade de escolha em um contexto no qual o patriarcado
e o capitalismo se entrelaçam? Este livro busca explorar as complexas dinâmicas de gênero e poder, destacando algumas das restrições enfrentadas pelas mulheres. Em 1969, Margaret Atwood lançou The Edible Woman, apresentando personagens com opções bastante restritivas ao seu alcance. As personagens presentes no romance são obrigadas a escolher entre um casamento que promete um futuro confinadas ao lar e à esfera privada ou um emprego que subestima suas habilidades e não as remunera adequadamente. Por meio de uma meticulosa análise das experiências de tais personagens, “Pode a mulher escolher?” propõe uma reflexão sobre as opções limitadas disponíveis para mulheres nos anos 1960 e nos dias atuais.

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_sobre este livro

O livro “Pode a mulher escolher?” propõe uma reflexão sobre as dinâmicas de gênero e poder e seu impacto na autonomia feminina, por meio de uma análise minuciosa do romance The Edible Woman (1969), de Margaret Atwood. Embora ambientada na década de 1960, a narrativa da autora canadense reverbera na atualidade, instigando questionamentos acerca das experiências de mulheres frente às pressões que negam opções emancipadas, romantizam o casamento e a maternidade como ápices da realização feminina e ocultam a exploração das mulheres no sistema capitalista.

Este livro apresenta uma análise da jornada de Marian MacAlpin e de outras personagens femininas, cujo dilema entre optar por casamento e carreira ecoa as lutas históricas das mulheres. Marian precisa escolher entre um casamento que a relegaria aos papéis tradicionais de mãe e esposa, ou um emprego que oferece escassas oportunidades de progresso na carreira. Ambas as opções disponíveis, forjadas por imposições patriarcais, acabam por servir aos interesses do sistema capitalista.

Nesse sentido, sob uma perspectiva interdisciplinar, embasada em textos da crítica feminista e do feminismo socialista, dentre outros, torna-se possível identificar como as escolhas disponíveis para as personagens do romance são forjadas pela interseção entre sistema social e econômico. Se, conforme postulado pelo feminismo socialista, o casamento funciona como um instrumento para encobrir a dinâmica na qual mulheres casadas fornecem serviços não remunerados para sustentar a força de trabalho masculina, fica evidente que tanto casamento quanto trabalho, as duas opções disponíveis para as personagens, ao contrário de auto excludentes, culminam na exploração capitalista.

Assim, um dos mecanismos do sistema capitalista consiste em se valer dos preceitos patriarcais para subjugar e explorar as mulheres. Nesse cenário, as personagens do romance veem suas escolhas reduzidas a alternativas limitadas que, invariavelmente, resultam em alternativas desfavoráveis para sua autonomia. Diante disso, este livro convida à reflexão sobre as tortuosas dinâmicas que moldam as vivências das mulheres, configurando-se leitura ideal para aqueles que desejam explorar as complexas interações entre patriarcado e capitalismo.

Diana Trindade Drumond

_outras informações

isbn: 978-65-87814-28-5
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 15,5x21cm
páginas: 236 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2024
edição: 1ª

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