O cavaleiro de Copas

Disponibilidade: Brasil

Quando segurei
a mão dela
ocorreu-me
a ideia
tão óbvia &
fascinante
de que mão
é coisa
que se dá

R$40,00

_sobre este livro

A primeira vez que ouvi o título O Cavaleiro de Copas foi em 2016, quando Pedro me contou que havia escrito um livro. Até então, o conhecia somente como músico e compositor de músicas belíssimas e impactantes. De lá pra cá, o mundo virou de cabeça pra baixo: há uma pandemia lá fora, o Brasil está um caos politicamente, vivemos num estado constante de calamidade pública. Mas continua-se a ler e a escrever. Por quê? Ora, porque isso nos lembra que estamos vivos. Que a vida existe. Ainda que. Apesar de. E reencontrar este livro em 2021 foi um melodioso alívio.
Pedro Santos não deixa de ser compositor sendo poeta, e não deixa de ser poeta sendo compositor. Há, no meio literário, uma briga teórica entre poesia e música, onde começa uma e termina a outra. Eu sou do time que concorda com o poeta mexicano Octavio Paz: “Um quadro, uma escultura, uma dança são, à sua maneira, poemas. E essa maneira não é muito diferente do poema feito de palavras. A diversidade das artes não impede sua unidade. Antes a ressalta”. Ou seja, arte é poesia em diversas formas. E viva a diversidade.
Atenção, leitora, leitor: isso não significa que o livro que está em suas mãos são letras de música. Longe disso. A poesia de Pedro Santos se utiliza do conhecimento musical de seu autor, mas não se restringe a ele. Nos poemas que você está prestes a ler, há ritmo, melodia, musicalidade. Mas também há atenção e cuidado poéticos: o corte do verso, a pontuação, a apresentação visual do texto na página.
O Cavaleiro de Copas é a narrativa de um eu-lírico que enfrenta tormentas, luta contra moinhos – às vezes também contra si mesmo –, mas, apesar de tudo, jamais esquece que o seu naipe é a imagem de um coração. O norte desta obra, pois, é este: o amor, tema preferido dos poetas e dos namorados. O assunto afetivo aqui, porém, não repete fórmulas desgastadas ou anacrônicas. Pelo contrário. O cavaleiro sabe que a vida neste século não é fácil, e busca se reinventar enquanto cavalga.
Em um dos poemas, lemos: transformar o verbo em chão. Pedro Santos, no seu livro de estreia, consegue a proeza de escrever com os pés no chão enquanto monta e guia, respeitosamente, o seu cavalo. Portanto, é isto que desejo às leitoras e aos leitores desta obra: subam na garupa d’O Cavaleiro de Copas. Sós ou acompanhados. O galope é tão gostoso juntinho – mas não somente.

Bruna Kalil Othero

_outras informações

isbn: 978-65-5900-066-1
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14x19,5cm
páginas: 52 páginas
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2021
edição: 1ª

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