Mulher-contestada

Disponibilidade: Brasil

porque eu descobri que sou sapatão em casa
quando a única mulher
— e mulher-contestada —
era eu

R$40,00

_sobre este livro

amar(-se) na contestação sendo brilho e verdade inteira

Para atravessar a palavra, fazê-la verso, fundamental a coragem, sendo a poesia, travessia, “via excêntrica” pela qual teimamos o passo, cada olhar e pé à frente mostram nosso jeito de insistir, viver e amar. Seguir uma caminhada por vias excêntricas é também romper silenciamentos, contrapor algo por meio de nossas razões lógicas, só assim, construímos nosso caminho. É neste pisar no chão com força, alimentada por um olhar que devora as mínimas manifestações de vida, as imagens da infância, os medos, os miúdos instantes de um braço sem relógio, correndo sôfrega, mas serena, que chega Aline Nobre com “mulher-contestada”.

Destemidos, de uma sinceridade confessional, os versos deste livro revelam os atravessamentos pelos quais, nós mulheres, na linha diagonal da contestação, martelamos a nossa existência, tendo na descoberta, a apresentação de um ritmo memorialístico real e de sonho, afetuoso, mas também doloroso, estas imagens de quem se descobre na ação de apenas ser-se, o que é imenso. Bonita, segura e carregada de paixão, a forma intensa como o olhar brando e atento da Aline capta as ações sobre o tempo, iluminando a palavra — mesmo aquela tangencialmente direcionada a certa objetividade — de um brilho todo afeto, depositando nela, toda a potência em dizer quem é. Toda esta poesia, consagrando instantes, joga pelas ruas versos-lembretes de cor infinita que nos entregam a verdade inteira sobre nossas vivências em amar mulheres sem contestação.

E se em um horizonte de expectativa, os versos que você encontrar te digam mais, é que benditos os terrenos, as histórias, percorridos, construídas. Cada palavra esconde este misterioso poder de ser dela e minha e continuar sendo contestada. Aí mora toda a experiência, pluralidade de sentidos e a natureza original dos versos da Aline, dizer primeiro a si mesma sobre sua existência e voz, depois, nos convidar a como imigrantes, atravessar fronteiras e seguir amando.

Segurem esta mão, estejam como ela e por ser, ainda, “estranhamente bom e perigoso”, amem-se, contestem-se, somente assim, se vive, se faz e se lê poesia.

Danuza Lima

_outras informações

isbn: 978-65-87938-11-0
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14 x 19,5
páginas: 52 páginas
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2021
edição: 1ª

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