derreten-se nos lábios como sabor de setembro frutas
pilhadas no chão das terras
amaduradas no ventre como quem deseja
o sol nascer entre os dedos
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_sobre este livro
As palavras sempre tiverom vida nos caminhos de Antom; de neno — encuanto o pai dava forma às madeiras— acovilhado entre tacos e virutas, garlopava no universo infinito das palavras em livros daquelas proibidos. Medrou o neno, e as palavras foron deslizandose en tupidos versos no interior das gavetas passaram os anos ata que o autor escoite os gritos dessas palavras que pulan por sair das gavetas, entom decide por-lhe ássas e deixar que voen livres: nasce o poeta.
En rios de amor caminhan carregadas de orvalho pelos corpos das amadoras amadas. Assentan devagarinho nos escanos do desamor e subjazen entre a folhagem. Palavras do poeta que talhan un berce onde abrolhan bocadinhos de ternura nas olhadas dos filhos; retornan a cotio — as palavras — na nostâlgia da avoa, a nai, os amigos , aos caminhos andados; a infância sempre é presencia na poesia de Antom.
Gritan as palavras nas voces silenciadas, nas bocas famentas , nos corpos esgazados polo terror,a miseria, non quere o poeta guardar a ira, a dor ante a injustiça , por iso, moitas veces as palavras assomam ferintes e descuartiçam o poema reclamando caminhos enverdecidos e pan trigo nas maos das crianças.
Na gaveta un fardel de palavras é pois , un poemário persistente, esperançado que enche de chorimas as alboradas.
Teresa Ramiro
_outras informações
isbn: 978-65-5900-0156-6
idioma: galego
encadernação: brochura
formato: 12 x 16,5
páginas: 70 páginas
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2021
edição: 1ª