“O reconhecimento no próprio amor de direitos recíprocos, a capacidade de considerar a personalidade do outro, um firme apoio mútuo, uma solicitude atenciosa e um interesse cordial em cada uma das necessidades do outro, somados à comunidade de interesses ou de aspiração, esse é o ideal de amor camaradagem que a ideologia proletária está forjando para substituir o ideal caduco de amor conjugal “absorvedor” e “exclusivista” da cultura burguesa.” (O amor camaradagem, página 128)
_sobre este livro
A União Soviética foi percussora no avanço dos direitos das mulheres, tendo sido a primeira nação a legalizar o aborto e promulgar o voto feminino, instituir o direito à igualdade salarial, aprovar subsídio maternidade e licença remunerada pós-parto, além de estabelecer o divorcio legal e encorajar a educação feminina em uma altura apenas 12% era alfabetizada.
Uma das principais promotoras destes e de outros progressos pioneiros é Alexandra Kollontai, a mais destacada revolucionária russa da sua geração; a primeira mulher eleita para os Comitês Executivos do Soviets de todo País e, após a revolução de 1919, a primeira ministra de estado e primeira embaixadora do mundo.
Kollontai produziu também uma extensa obra teórica, e alguma ficção, textos que são legados fundamental para compreensão da teoria feminista contemporânea, onde trata, dentre outras coisas, dos direitos das mulheres numa perspetiva da mulher trabalhadora e a partir de temas que vão de amor à revolução, incluindo a relação dialética deste estado de coisas.
Neste livro, traduzido e organizado pela historiadora brasileira Maitê Peixoto, constam ensaios e artigos que refletem as origens e consequências da prostituição para a sociedade, a sexualidade, a monogamia e a moral sexual; textos publicados há décadas que seguem atuais, com uma abordagem urgente e necessária, estrutura sólida para quem deseja pensar e, principalmente, avançar o feminismo nos tempos de hoje.
Maitê Peixoto é historiadora, Mestre em História Política e Doutora em História Social pela PUCRS com estágio doutoral na Université paris 1 – Panthéon Sorbonne / Centre d’histoire sociale du XXème siècle (CHS). Atua como tradutora e professora de história e geografia na Educação Nacional Francesa pela Academia de Versalhes, e integra o Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, em Porto Alegre.
_outras informações
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 15,7x23 cm
páginas: 222 páginas
ano de edição: 2023
edição: 1ª