A invasão – segunda edição

Disponibilidade: Brasil/Europa

Na verdade não somos índios. Somos Nhandeva (guarani), Kaiapó, Terena, Tukano, Tupiniquim, Krenak, Pataxó, Xetá e muitas nacionalidades mais. Essa palavra não tem tradução em nenhuma das nações indígenas, é fruto de um erro sociodemográfico.

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_sobre este livro

Os povos indígenas buscam manter sua resistência com estratégias que fortaleçam a territorialidade levando em conta o tempo e o lugar. O contato reduziu em grande número as nações que habitavam essa terra de pindorama. Passam-se os anos, novas estratégias de luta se apresentam e eis que surge uma literatura indígena, nativa do ponto de vista do lugar de onde se escreve, originária porque tem uma origem em um povo que compartilha saberes aprendidos com a natureza numa relação de afetividade, amor, harmonia, cuidado, doação.

Desbravar horizontes ainda não imaginados foi o que fizeram os “colonizadores invasores”, invadidos na alma e no território, modificando modos de vida, adotando novos credos, descobrindo a cruz da dominação, imposição e capitalista opressora. Os povos já conheciam seu Deus, já tinham sua ligação com uma energia maior que movimenta o mundo e que fortalece a quem lhe busca encontrar. Deus para uns Nhanderú, Senerú, Tupã para os povos originários filhos da floresta.

O livro “A Invasão” do escritor Olívio Jekupé vem refletir com a gente sobre esse olhar agora partindo de dentro para fora, com as ideias de quem fala do seu espaço de luta, do seu território memorial, na sua simplicidade de aldeia que não busca complicar as ideias do leitor, mas questionar quem são os invasores e como proteger nosso ser dessa invasão. Será que a literatura não é uma forma de descatequisar o que já foi colocado em nosso ser como indígenas e não indígenas?

Deixemos que as palavras de Olívio Jekupé que é um pioneiro na literatura indígena fortaleçam em nós uma reflexão profunda de nossas ações e reações perante essa invasão ainda presente nas formas como somos abordados, nas ideias equivocadas de que “estamos nos aproximando da civilização e nos tornando humanos como os que nasceram em um outro lugar na urbanização das grandes cidades”. Que nos fale ao coração a literatura nativa de Olívio Jekupé e nos descolonize da forma que puder.

Márcia Wayna Kambeba

_outras informações

isbn: 978-65-5900-303-7
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 13 x 19 cm
páginas: 72 páginas
papel: pólen 90 gramas
ano de reedição: 2022

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