com a mesma memória você distribui pratos e talheres
sobre a mesa do café o passeio nos arredores com o pequeno poodle a pergunta brutal endereçada com sorvetes
onde se vê daqui dez anos?
R$40,00
_sobre este livro
Às margens dos anos 20 deste nosso século, é preciso que certas torrentes de criação iniciadas há eras tenham continuidade e permanência na vida-poesia; e é justamente isso o que Matheus Torres faz questão de deixar evidente já nas primeiras linhas deste seu Jubileu.
Aqui, vida e poesia mostram-se como indubitavelmente unas. A fim de decodificar a realidade, é impossível considerá-las de forma diferente: a linguagem-palavra tem a função mágica de propagar essa verdade que se ajusta tão bem à existência de tantes de nós. Torres traz revelações, sejamos descrentes ou não.
E, na especificidade das imagens apresentadas nos poemas deste livro, somos convidades a participar do banquete, na mesma mesa à qual se sentam Roberto Piva e Samuel Beckett, Madonna e Elisabeth Fraser, David Bowie e Wong Kar-Wai. Afinal, do foco chega-se à abrangência. Na sua poética sobre o amor e a cidade, sobre as deidades do cotidiano e o fetiche alimentado pelas cores, formas e gostos que nos rodeiam, Torres constrói uma estética queer muito particular que, ao mesmo tempo, marca a representação do coletivo.
Como no verso em que, a partir da intimidade entre dois amantes dedicados a criar leis que os sirvam, alcançamos o universal:
“o meu sexo sobre o seu
destruirá as fundações da usina
e com sêmen escreveremos
um novo evangelho”
Que todas as revoluções propostas neste livro sejam descobertas por nós, no melhor tempo.
Cristina Judar
_outras informações
isbn: 978-65-87076-88-1
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14 x 19,5
páginas: 52 páginas
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2020
edição: 1ª