A textura poética de Tales Jaloretto é hemorrágica, espirra, se espalha, se infiltra em frestas, em gretas, em lacunas. Ele, um jorrador, pede o tempo inteiro para desaguar, para fluir em qualquer parte nossa que aceite inseminação, transfusão, dada a profusão de sentidos, de imagens, de estruturas gráfico-espaciais, de pontuações (in)existentes que desejam aportar.
Sua poesia é composta por pedaços que são e abrem fendas: não adianta travar experiência com um fragmento apenas. Ele nos incita a devorá-lo até a última letra. Ou ponto (in)certo.
O tamanho da sua essência — que para mim é como vento: não há início e nem fim.
Evill Rebouças.
Meus olhos em sinestesia entumeceram. Chega a ser doce, ácido, limbo, bolo de fubá, fel e céu. Jaloretto se desnuda em preto e branco em seus estigmas e frescores da vida, como quem se distancia das dores e dos amores para apreciar em si a grande obra da vida em forma de poesia, palavras desconstruídas, reformuladas de concreto e brisas frescas de primaveras idas. Ao lê-lo, me vi em sua própria montanha russa. Vi-me em amores e dores da vida, a maior de todas as obras primas. Prazerosa leitura, de sonoridade ímpar que em meus pensamentos se tornaram música.
Mario Matiello.
_outras informações
isbn: 978-65-87076-47-8
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14 x 19,5
páginas: 70 páginas
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2020
edição: 1ª