Fim da tinta, Cambuá vazia

“O seu medo era composto de retalhos de pequenos medos diferentes. Um pequeno e vermelho medo, meio furado e desgastado, era o medo do que vinha depois do morrer. A iminência do depois era um lugar? Um outro tempo? Mas Cambuá não se atentava muito a esse medo, ela sabia como as coisas funcionavam e a resposta era: uma nova matéria feita de outras tantas matérias velhas, um outro nome…”

Cambuá vive em ciclos de vida e morte sempre voltando como ela mesma, coletando segredos tropicais em troca de sua tinta mágica, mas os ciclos chegaram ao fim, e, vazia de tinta, Cambuá é impedida de renascer.

O que nos faz sermos nós mesmos? Somos o nosso corpo ou existe algo além da matéria?

Deparada com a iminência de morte permanente, Cambuá embarca em uma jornada pela floresta para tentar encontrar respostas.