Dona das Dores

Disponibilidade: Brasil

Neste romance conhecemos Maria das Dores, uma mulher que nasceu no interior do Piauí e na juventude se mudou para o Rio de Janeiro. O que à primeira vista parece a oportunidade perfeita para realizar seus sonhos revela-se uma luta diária contra a solidão e os preconceitos que dificultam sua vida na cidade grande. Já idosa, ela descobre que está doente e poderá se esquecer de grande parte do que viveu. Antes que isso aconteça, decide deixar um legado: um caderno contendo não apenas a história de sua vida, mas também a revelação de seu grande segredo.

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_sobre este livro

Mulher negra, nordestina, pobre, cheia de sonhos e de pouca audácia, Maria encontra na escrita um divã capaz de suportar o peso da culpa que sente.

O fato de a personagem narrar sua própria trajetória é o que torna tudo mais intrigante. Mas a quem interessa a história de uma mulher negra, ainda mais quando ela mesma se anuncia quase como alguém sem importância, que vive em um “[…] abismo intransponível entre o sonho e o possível”? Uma cidadã de segunda classe — como poderia dizer Buchi Emecheta ou Françoise Ega?

Maria, dona de dores, desejos, sonhos e desilusões. Uma vida comum, quase banal, que se faz única pela capacidade de registrar de forma habilidosa suas experiências, com simplicidade e crueza em um texto direto, com urgência, detalhes e emoções que a colocam, uma personagem inventada, ao lado de personalidades notáveis como Maria Firmina dos Reis, que abriu picada no mato para que Carolina Maria de Jesus e tantas outras pudessem pisar e construir uma estrada pavimentada, a qual certamente levou Márcia Silveira a criar, em pensamento e palavras, Dona das Dores.

A personagem tem tanto sentimento que tive dúvidas, por mais de uma vez, se Márcia Silveira a teria inventado. Fiquei na esperança de que ela fosse real. Quase me convenci de sua existência ao ler o bem elaborado epílogo, que traz um desfecho necessário.

O primeiro romance de Márcia Silveira, vencedor do Prêmio Carolina Maria de Jesus de Literatura (2023), se insere numa avalanche de histórias sobre mulheres brasileiras, personagens reais e inventadas que precisam existir e se comunicar com o mundo atual, de modo que futuros mais prósperos possam ser sonhados, prospectados e, de fato, criados e desfrutados por todas as pessoas deste planeta.

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Trecho da apresentação de Rachel Quintiliano, jornalista e escritora.

_outras informações

isbn: 978-65-5900-803-2
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 13x19cm
páginas: 152 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2024
edição: 1ª

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