E vivemos infelizes para sempre

Disponibilidade: Brasil

Era começo da noite e eu estava caindo de fome

após passar o dia me esforçando para prestar aten-
ção ao conteúdo insuportável das aulas.

Estava no primeiro ano do curso de administração e
todos os dias pensava em fazer outra coisa da vida.

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_sobre este livro

E vivemos infelizes para sempre é uma prosa do cotidiano de inúmeras sujeitas que, ao ingressarem nas relações afetivas, se deparam com a violência patriarcal. Renata Rodrigues narra, como se falasse a uma amiga, a cronologia de uma tragédia anunciada ao leitor, mas não para quem vivencia. Vemos uma mulher que se torna “uma máquina de fechar caixas” enquanto encaixotava a sua vida em um mundo que não lhe cabia. A ideia do amor romântico em nossa sociedade nos impõe desde cedo o desejo de realização do ser por meio da relação, a cristandade atrelada a isso nos prepara para sempre dar a outra face. E damos tudo. Damos nosso corpo, nosso tempo, nossa energia e abdicamos do nosso desejo, dos fetiches, dos sonhos e nos perdemos em sonhos outros que não são os nossos. Ao ser apresentada a uma personagem que caminha em um deserto de afetos, pensei logo no dito de que quando sentimos sede, uma gota de água parece um rio. Quando não estamos acostumados com o afeto, uma migalha torna-se suficiente a princípio. A autora capta em sua escrita a degradação da vida em nome do amor e do desejo de ser amado. É uma escrevivência que dialoga com tantas e tantas histórias. E vivemos infelizes para sempre critica os ideais de amor ensinados em nossa sociedade (família, igreja, mídia) e nos põe no ponto central, a infelicidade sempre nos caberá enquanto nosso ideal de afeto for regido por uma sociedade patriarcal.

Bruna Santiago

 

_outras informações

isbn: 978-65-5900-403-4
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14x19,5cm
páginas: 100 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2022
edição: 1ª

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