Vou chamar de lugar, mas pode ser que mude

Disponibilidade: Brasil

das viagens levo na pele
algumas marcas:
no braço direito, a cicatriz
da Península de Maraú,
e, da Polinésia Francesa,
Bora Bora tatuou-se maori
sobre o descuido de arame farpado.

recordo: dois dias antes,
a coroei rainha
com uma folha de palmeira
trançada de tiarés.

R$48,00

_sobre este livro

O poeta Ricardo Rachid habita o sempre lugar, com a imaginação povoada de paisagens. Ora voltam lugares de brincar, recuperando-se o sabor de peraltices e reticentes estadias que não se desfazem, ora basta olhar o braço direito e reaparecem cicatrizes em forma de poema.

            Com um pouco mais de imaginação do poeta, seguida pela fantasia do leitor, até jacaré pode ser palavra e ter asas. E Ricardo Rachid continua sua viagem nas trilhas de dentro — rio de poesia —, estâncias nos braços da noite, tecidas de proteção e filó.

            Já de fora, chega difuso passante na foto em que olhos desertos recolhem estrelas. No sonho, restos da Pietá de mármore alimentam o filho que dorme; o navio flutua na tarde, e Vênus de Milo sorve o pôr do sol.

            Por meio da “valsa dos dedos”, Ricardo Rachid escreve a cartografia de lugares sem tempo. E, recuperando fragmentos, povoa de significados seu fazer poético.

            Vou chamar de lugar, mas pode ser que mude é anúncio discreto da boa-nova. Ela virá, silencia o poeta. E os leitores se surpreendem e se extasiam com o inusitado.           Diante da epifania da criatividade do poeta Ricardo Rachid, só nos resta lê-lo com respeito e reverenciar a poesia escondida nas coisas simples adormecidas em um lugar qualquer.

Alzira Maria Ribeiro Araújo, poeta.

_outras informações

isbn: 978-65-5900-591-8
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 13x16,5m
páginas: 72 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2024
edição: 1ª

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