sou a pausa entre uma respiração marítima e uma aérea.
sou a perda do fôlego e a inspiração de todo ar comprimido.
sou morta de fome de combustão.
sou os largos e verdes cachos da santa do mar.
_sobre este livro
_sobre este livro
Sinta o gosto do sal, do sal, do sal…viver em Dublin é viver dividido em dois lados, duas margens do liffey, sul e norte, ímpar e par, irish e estrangeiros. a cidade nos alcança através de perguntas, onde, quando, quanto. O cinza é o íntimo amigo que nos pede morada por um fim de semana e não vai embora, fica, fica e fica, se torna da família, nos acompanha mesmo que resistimos, se vai por algum tempo entre julho e agosto, mas volta. O mar desde o centro da cidade se vê de alguma ponte sobre o rio, está lá no horizonte, longe do epicentro e dos donnuts por 80 centavos, mas perto suficiente para vê-lo levantar o rio durante a lua cheia ou quase secá-lo na nova. no entanto, existe alguém nessa cidade que insiste com ternura em trazer o mar para mais perto, nos faz sentir o sal.
Sou mar, ser mar, é lembrar que as águas podem ser calmas e mansas, mas também é cemitério tantos e tantas, que nele os sonhos cabem, mas também afunda navios. em forma diarística em prosa poética, Marluce Lima, cujo o mar já traz no nome, nos regala horizontes.
Wladimir Vaz
_outras informações
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14 x 19,5
páginas: 150
papel: pólen 80 gramas
ano de edição: 2018
edição: 1ª