Pétalas de cactos

Este livro de poemas desdobra-se nas mais fortuitas emoções cotidianas que se pode ter em um ser humano; de um modo geral, em seres. Fala-se de amor, rejeição, inveja, solidão etc., mantendo um fluxo de consciência fluido, além de tratar da flora e fauna do Brasil afora. As estações não passam despercebidas, onde o florescer da primavera contrasta com a melancolia do inverno. O amor é uma constância neste livro, nas suas diversas formas, envolvendo sua delicadeza e fluidez, sua brutalidade e rudeza. Leva-se o leitor, portanto, a uma reflexão íntima sobre a conexão entre o ser humano e o mundo ao seu redor. Relaciona-se a temas recorrentes, como em [labaredas de fogo lançam-se sobre mim]: sob a perspectiva de uma onça, tomam-se as queimadas como plano de fundo — um assunto tão contumaz no dia a dia brasileiro, cuja severidade muitos não assimilam, ainda que com os próprios olhos vejam as chamas consumindo não somente o Pantanal, mas seus próprios quintais. Em linhas gerais, Pétalas de cacto consegue ser ora delicado, ora cruel, como o próprio título implica.