pero vaz da língua
Entre as pernas do homem, há origem de um continente.
Nele, marés e ondas de saliva em boca levam, afônico, o ser
De um cais-testículo a uma ilha de extensão vertical e rígida.
Ela pulsa, mas só sobrevive quando o céu da boca, encharcado,
Atinge a superfície de sua terra brasílica e rega a vegetação-glande.
É a exceção de toda invasão: esta, não matando, implora e pede.
Quando a navegante-língua desbrava a extensão do mundo, sente,
Estática, que daquela seringueira não deve extrair o látex na tigela.
Português, pois, revertida, fecha-se no navio e parte até outras índias.