Genny

Genny é a história de uma mulher do século XX no interior de São Paulo. A ascendência dela e da família é uma mistura de raças. Nascida numa fazenda sem terras demarcadas, já na infância, perde a mãe e passa a cuidar dos nove irmãos e do pai. Na cidade fictícia de Betânia, torna-se ajudante de um homem trinta anos mais velho; a tarefa de cuidadora e companheira se misturam. A vida na cidade é rápida, cheia de acontecimentos e de pessoas que traduzem a sociedade brasileira com regras e valores inventados por quem tem poder. A história de mulheres de diferentes classes sociais, credos e raças é central. Assim como o personagem Lolo, peça chave para tratar da exclusão dos que não se enquadram nas leis de Betânia.

O livro dialoga com o realismo fantástico latino-americano para dar conta das lacunas existentes na história de tantas mulheres brasileiras. Com uma escrita poética, Genny narra um país com “cheiro de manga” e asas de pássaros, manchado de sangue de “terra fértil de adubo de gente”.