Comecei muito precariamente a grafitar. Quando percebi, já não era mais tão muda. As paredes falavam por mim. Meus dedos ficaram calejados. Quem toca em minhas pequenas mãos nota que a pele é muito grossa. Como pude romper a dureza dos concretos, a rigidez dos cimentos nas esquinas nossas de cada dia?
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_sobre este livro
Um certo sujeito que sofre de doença incurável viaja de Portugal para Vitória, no Brasil, com o propósito de reaproximar-se do irmão gêmeo e saber do destino da mãe, revelando-nos fragmentos da própria vida e inusitadas circunstâncias a respeito de sua viagem. Paralelo a esse acontecimento, uma jovem mulher, criada em um orfanato e inconformada com o cotidiano da capital capixaba, encontra por acaso relatos datilografados e manuscritos desses dois irmãos, o que estimula o seu exasperado desejo de escrever. Intercaladas com essas histórias, aparecem as vertiginosas reflexões do outro irmão gêmeo, isolado do convívio social por vinte anos, fornecendo-nos detalhes de seu passado em Vitória e constrangimentos diante da liberdade readquirida. Assim, por meio de histórias que se entrecruzam e se dividem, Breves olhos que se movem na neblina nos absorve com dilemas expostos em tom confessional, marcados entre o sonho e a liberdade, a ficção e a realidade, a mitologia e a história: o insólito colapso existencial que envolve suas personagens em um enredo desconcertante.
_outras informações
isbn: 978-65-5900-128-6
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14x22 cm
páginas: 224 páginas
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2021
edição: 1ª