Renan Porto


cresceu num pequeno distrito chamado Florestal, próximo à cidade de Jequié, no interior da Bahia. Cresceu ajudando o pai com o cacau, com a mercearia e com algumas vacas. Sempre passava os dias pedalando pelas estradas, tomando banho nos rios, andando por trilhas, jogando bola com os amigos. O céu aberto, as grandes paisagens, a profundidade das matas sempre lhe chamavam atenção. Sempre ia para a escola quando havia aula. Às vezes não havia. Teve uma banda evangélica com amigxs que vez ou outra tocava um rock na praça. Aos 17 anos, por causa de uma bolsa do Prouni, foi parar em Uberaba, que ficava a mais de mil km de sua cidade. Foi estudar direito. Não conhecia nada nem ninguém lá. A primeira vez que lá esteve já foi para ficar um semestre. E foi lá mesmo que, numa tarde qualquer na biblioteca, achou incríveis uns versinhos de Manoel de Barros. Foi pegando gosto pela coisa até escrever seu primeiro poema, nas férias do meio do ano de 2012. Desde então passou a ocasionalmente desviar o dinheiro da alimentação para a compra de alguns livros. Interessou-se também por filosofia e política, o que, resumidamente, o levou a se envolver com movimentos sociais, redes de ativistas e pesquisadores, até acabar chegando ao Rio de Janeiro, em 2017, para fazer mestrado em filosofia do direito na UERJ. Onde tenta ler literatura e filosofia para pensar política no direito. Além de poemas, também escreve ensaios.

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