Maria Grazia Calandrone


Maria Grazia Calandrone nasceu em Milão, em 1964, e vive em Roma. Poeta, dramaturga, artista visual, autora e apresentadora de programas culturais para Radio3, escreve para o jornal Corriere della Sera e para a revista Poesia. Mantém laboratórios de poesia nas escolas, nos presídios e com os migrantes, além de atuar como voluntária na escola de leitura para crianças Piccoli Maestri. Ao longo de mais de 25 anos de atividade, seus textos ganharam muitos prêmios importantes na Itália, a começar por Illustrazioni, prêmio Montale em 1994 na categoria dos inéditos. Quatro anos depois, a autora venceu o prêmio Nazionale Nuove Scrittici com Pietra di paragone, volume dedicado ao pai, combatente voluntário na guerra civil espanhola e deputado pelo Partido Comunista. Se La scimmia randagia [O macaco vira-lata], de 2003, que ganha o prêmio Pasolini, é dedicado ao nascimento do filho, Come per mezzo di una briglia ardente [Como que por meio de uma rédea ardente], de 2005, é uma variação sobre o tema da morte, a materna. La macchina responsabile [A máquina responsável], de 2007, traz um profundo questionamento sobre a natureza do mal e as escolhas individuais nos massacres em massa. Já Sulla bocca di tutti [Na boca de todos], de 2010, obra vencedora do prêmio Napoli, traz dois lados: a alegria e a força da refundação do mundo com o nascimento da filha e o ponto extremo e sem volta do Ocidente cujo emblema é representado pela queda das Torres Gêmeas. Em 2011, é publicado o romance onírico L’infinito-mélo, acompanhado de cd com leituras feitas pela poeta de seus próprios textos, incluindo Alla compassione di tutti [À compaixão de todos] que trata do suicídio da mãe natural. Serie fossile [Série Fóssil], de 2015, traz o canto de um amor absoluto, anticonvencional, com tons científicos e elegíacos, vencedor de vários prêmios. Gli Scomparsi — storie da Chi l’ha visto? [Os desaparecidos — histórias de Chi l’ha visto?], de 2016, obra vencedora do prêmio Dessi, é inspirada no programa de televisão mencionado no título; desse mesmo ano são os quatro monólogos de Per una voce sola [Para uma só voz], que é acompanhado por 6 desenhos e 10 fotografias. Il bene morale [O bem moral], de 2017, é um livro sobre a alegria, sobre a vontade, mas também se coloca do lado das vítimas da sociedade, confirmando a esfera da poesia civil e a mais intimista. Il giardino della gioia [O jardim da alegria], de 2019, vencedor do prêmio Lerici Pea, é seu último livro de poesia, no qual retornam aspectos de livros anteriores e se delineiam ainda mais as variações do complexo eixo amor-desamor, alegria-dor, que dão continuidade à investigação acerca do mal, a partir de páginas policiais ou da realidade histórica da contemporaneidade, como é o caso do poema-reportagem sobre a Bósnia. Em 2021, é publicado Splendi come vita [Brilha como vida], seu segundo romance, que pode ser lido como uma carta de amor à mãe adotiva. Seus textos estão traduzidos para o irlandês, francês, catalão e árabe.

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