Francisca Sousa Soares


(Porto, 1996) começou a falar mesmo antes de aprender a andar. Sempre teve jeito para desenhar, contudo nunca soube fazer corretamente a cambalhota para trás.
Estudou Multimédia na Faculdade de Belas Artes do Porto, onde cedo compreendeu que as palavras são uma arte plástica. Passou seis meses em Paris, na homóloga escola francesa, com os pés constantemente assentes ou na carpete da biblioteca ou na rua, a investigar os gestos, a interpretar pensamentos e a eternizar, com palavras e imagens, as pessoas e as suas irresistíveis banalidades.
Teve a sua primeira exposição individual na sequência da residência artística e projeto “A Imagem Contextualizada”, dinamizada pelo fotógrafo José Luís Neto no Arquivo Fotográfico de Lisboa em 2019. Foi convidada, em 2022, pela artista Mariana Vilanova, dentro do projeto Paralaxe, a escrever sobre ela e sobre a sua prática artística.
Entre 2014 e 2022, com a sua amiga, ceramista e escritora, Pietra Galli, desenvolveu projetos sob o nome Island Gravity, tendo como primeiro projeto a autopublicação do livro de artista Espionage, com lançamento na já extinta Inc — Livros e Edições, no Porto e, como último, uma playlist com emissão na rádio Quântica.
Escreve textos enquanto espera pelo 600 na ida para o trabalho, enquanto espera que o arroz coza ou que a máquina de lavar acabe de torcer a roupa.