às vezes por muito pouco
a agulha não me fura porque
os tecidos tão colados resistem a
perfuração da derme que chega a ser
curioso como todas as armas têm defeitos
não se pode julgar um delito pelo seu porte mas sim
condenar aqueles que colocam o flagrante nas nossas mãos
R$45,00
_sobre este livro
_sobre este livro
A urgência em denunciar um presente que permanece no passado encontra resposta no livro de Thaís. Esses tempos sufocantes em que temos a sensação de que o mundo nunca girou estão descritos nos versos de Thaís, a lembrança constante de que não nos encaixamos, não atendemos ao que nos exigem, não somos ninguém, enquanto objetos mofados são mais vivos que nós.
Na contradição do verso livre há o grito sufocado dos tempos em que a liberdade está extinta. Mas, mesmo sufocado, grito é grito. Não há poesia que não seja insurgência. Os versos da Thaís gravam em nós, que somos a matéria viva do presente do que não passou, não apenas tudo isso que não aceitamos, mas também o diálogo nada sufocado entre nós que não nos conformamos.
Os versos de Thaís são fundamentais.
Aline Alves
_outras informações
isbn: 978-85-7105-117-1
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14 x 19,5
páginas: 52
papel: pólen 90 gramas
ano de edição: 2019
edição: 1ª