Bruno Oliveira Fernandes
(a. k. a. cinéreo gris), aos 42 anos, crê que já viveu mais da metade de sua vida, o que apavora peter pan, entidade espiritual da qual é cavalo 24/7. é natural de petrópolis — rj, mas não se orgulha das “gloriosas tradições” da aristocracia escravocrata falida que impera na cidade imperial das serras fluminenses.
fundamentado, mediado, graduado e mestrando em instituições públicas de ensino, milita por elas e tenta evitar que sua atual prática docente seja a mera programação de castas huxleyana que os machos brancos heterossexuais e cristãos alfas donos do sistema desejam. formado em literatura, é professor de português que não corrige, mas reconhece a validade dos usos que se costuma recriminar e alerta a garotada que, não bastassem já todas as formas de discriminação, existe também o preconceito linguístico.
já foi vocalista e letrista com 4 álbuns lançados, mas isso já não tem a menor importância para ele e só está sendo mencionado porque isto aqui é uma biografia e, apesar dos fracassos, fazer música importou por muito tempo. bem, talvez ainda importe, mas bem pouquinho. o que importa muito é que ele escreve. precisa disso. precisa ainda mais de seu filho e esposa e de boa parte de sua família.
no mais, gosta de música punk, praia, skate, poesia concreta, pizza, política, teoria da arte, duchamp, nina simone, américa latina e da estética da decadência. ah! bruno é um incorrigível esquerdopata.