Este ensaio parte de uma curiosa anedota sobre Vinicius de Moraes, que ilustra como sua obra muitas vezes provoca reações ambivalentes nos leitores. Assim como o poeta, que suportou uma dor insuportável sem perceber que seu dedo estava preso à porta do carro, muitos leitores e leitoras sentem um desconforto ao se deparar com aspectos de sua poesia, especialmente no que diz respeito ao machismo presente em seus versos. Essa constatação, ainda que inicialmente desperte surpresa e resistência, frequentemente leva à reflexão sobre como essas questões estão entrelaçadas à obra de Vinicius, sem diminuir a relevância e o impacto cultural de sua produção.
A pesquisa, desenvolvida como dissertação de mestrado, destaca a complexidade da obra do poeta, que transita entre o erudito e o popular, o tradicional e o vanguardista, sendo parte essencial da identidade cultural brasileira. Apesar do foco crítico, a análise não busca desmerecer a contribuição de Vinicius, mas sim explorar um novo ângulo de interpretação, embasado em referências teoricas feministas, destacando as autoras: Simone Beauvoir, Judith Butler e Silvia Federici.
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