Hodie Mihi Cras Tibi reúne três contos que, de diferentes maneiras, se organizam diante da mesma temática, a morte. Seja tratando do aspecto da finitude ou dos arrependimentos ante ao fim inevitável, Dan de Lima aborda de maneira metafórica a morte como um ciclo, uma espécie de eterno retorno que só amplia o sofrimento. Afinal, quando nem mesmo aquilo que é determinado como o fim é de fato um fim, o que nos resta enquanto humanos? Quais os limites de nossa sanidade? É disso que se trata o livro, uma metáfora psicológica que aborda a morte como gatilho para uma reflexão sobre a própria vida.
R$48,00
_sobre este livro
Hodie Mihi, Cras Tibi é uma expressão latina comumente traduzida como “Hoje a mim, amanhã a ti” ou “O que hoje me sucede, suceder-te-á amanhã”. Comumente gravada em entradas de cemitérios ou inscrições de tumbas, simboliza o inevitável destino reservado a todos e, mais ainda, dá voz ao próprio morto, como se ele mesmo estivesse alertando ao vivo que aquele lugar um dia será ocupado por ele. É justamente em torno dessa ideia de vidas que, apesar de seguirem trajetos diferentes, caminham para o mesmo lugar que este livro, que foi batizado com a expressão latina acima explicada, se desenvolve em três contos que abordam a morte de maneiras diferentes.
Dan de Lima é o que podemos chamar de escritor de ciclos. Quando criança escrevia histórias fantásticas baseadas nos filmes e livros que consumia; em sua adolescência e no início da vida adulta, passou a se embrenhar nas histórias de terror e horror, mas só de fato se encontrou como escritor após assistir à série televisa Lost e se apaixonar totalmente pela construção do roteiro. A partir daí, influenciado também pelos quadrinhos de The Walking Dead, de Robert Kirkman, jogou tudo em um liquidificador e transformou em uma marca própria: histórias fantásticas, viscerais e ao mesmo tempo extremamente humanas. Juntou o gore das histórias clássicas de zumbis com reflexões filosóficas sobre o que é de fato a vida e a morte.
O livro que você tem em mãos é diferente de muita coisa que você já viu, começando por este texto de orelha, escrito não por um amigo ou familiar, mas por um personagem de um dos mundos criados por Dan. Não apenas um simples personagem, um personagem morto apresentando um livro sobre a morte. Parafraseio Brás Cubas ao deixar aqui não minhas memórias, mas uma transfiguração da mente de quem me criou. Nada melhor do que isso para lhe mostrar que esta obra é, antes de tudo, humana, mas dramática e tensa. Um condensado de tudo o que sentimos diante do luto e provavelmente de tudo o que sentiremos diante de nosso próprio fim.
_outras informações
isbn: 978-65-5900-782-0
idioma: português
encadernação: brochura
formato: 14x22cm
páginas: 84 páginas
papel polén 90g
ano de edição: 2024
edição: 1ª