Daniel Gorte-Dalmoro


Ainda não sabe o que quer ser quando crescer, apesar de já estar bem crescido. Queria ter uma parede cheio de diplomas, como um cabeleireiro, um mecânico ou um professor acadêmico, mas por ora tem se contentado com apenas três: os de Bacharel em Filoso a e Ciências Sociais pela Unicamp e o de Mestre em Filoso- a pela – burocraticamente, pode se apresentar como especialista em Guy Debord e a Sociedade do espetáculo por causa disso). Só fala desses diplomas porque tem notado que para muitas pessoas isso é mais importante do que o que ele escreve, apesar de achar justamente o contrário. Não tem habilitação, mas tem de iluminador cênico, torce para a Argentina, pro Paraná Clube e pro Operário Ferroviário de Ponta Grossa. Gosta de pós-rock, de bandas que não existem (como as indie coreanas) e ritmos não muito pop, como chaabi e canto gregoriano. Já tentou se exprimir artisticamente por intermédio do piano, hoje se arrisca nas letras, camisetas, dança (?!) e em luzes – não necessariamente ao mesmo tempo. Ah! Se se empolga com um assunto, faz discurso, mas é alguém legal.

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