Genny sentou Luca numa banquetinha e começou a trançar a cabeça do menino, narrando em voz alta cada movimento que fazia e mostrando em seu próprio cabelo como fazia no dele. O olho de Luca brilhava, gostava das coisas que se podiam transformar com as mãos: tecidos viravam calças e camisas, cabelos se transformavam em bolachas de nata. Luca era também um personagem daquela casa e vivia correndo entre as árvores, subia no pé de jabuticaba e passava horas tratando de encher a barriga protuberante equilibrada sobre as brancas pernas magras.