Miguel Branco
é natural de Almada, onde começou a observar o quotidiano e a ser gente. Em criança, entre discos de Zeca Afonso e poesia lida em voz alta nas festas de aniversário e nos encontros de amigos, foi-se politizando, ganhando gosto pelas metáforas. Tornou-se jornalista de cultura — jornal i; Time Out Lisboa; Observador — e um certo fascínio pelo teatro nasceu. Talvez possa dizer-se obsessão. Pela via do jornalismo e dos bastidores dos palcos, conheceu actores, encenadores, produtores, cenógrafos e imaginou-se no meio deles. Cruzou-se com a Mascarenhas-Martins e tornou-se dramaturgo, estreando-se com Até parece (2019) e Há dois anos que eu não como pargo (2020), peças que a companhia do Montijo levou à cena, com encenação de Levi Martins. Actualmente, deixou o jornalismo e faz comunicação, edições e assessoria de imprensa na Mascarenhas-Martins, com quem continua a colaborar artisticamente. Volta não volta, também é revisor e copywriter. aqui p’ra dentro, uma exposição performativa em torno da sua escrita e onde dividiu a direcção artística com Levi Martins e Pedro Nunes, é o seu projecto mais recente, tendo estado patente na Galeria Municipal do Montijo de outubro a novembro de 2021.